Confúcio Moura destaca as riquezas naturais de Guajará-Mirim e lamenta a pobreza das comunidades ribeirinhas

A cidade tem 95% do seu território formado por florestas preservadas

O senador Confúcio Moura (MDB/RO) exaltou no Plenário do Senado Federal, na quarta-feira (10), as riquezas naturais da cidade de Guajará-Mirim, em Rondônia, que completou 90 anos de emancipação política, e lamentou a pobreza das comunidades ribeirinhas que nela vivem.

Confúcio classifica Guajará-Mirim como uma ‘cidade inteligente’ por ter mais de 95% de florestas virgens, consequentemente os rios mais puros e a água mais limpa do país, com a maior comunidade de índios de Rondônia, de diversas etnias. Também destacou a fauna, que segundo ele, há dez espécies de aves exóticas que só existem naquela região. “Eu a chamo de cidade inteligente porque preserva, guarda o seu tesouro verde, o seu ambiente preservado”, enfatizou. 

No entanto, o parlamentar lamenta que um município como Guajará-Mirim, cheio de riquezas naturais há um contraponto inimaginável: é um município pobre. Segundo Confúcio, os ribeirinhos são pobres e desassistidos. “Quem vive em Brasília, Goiânia, São Paulo, não tem ideia nenhuma do que seja a vida ribeirinha, a vida no Brasil profundo, distante, o Brasil que muita gente não conhece, não faz ideia de como funciona”.

Ainda de acordo com o senador, índios e ribeirinhos estão sem atendimento médico. Os dois cubanos que atendiam as comunidades isoladas foram embora, e os médicos brasileiros não compareceram. Há um descaso.

Além disso, as comunidades isoladas estão assustadas com a quantidade de ofídios (cobras) que passaram a aparecer nas residências.

Outro problema é que falta de soro antiofídico e falta de assistência. “Então a pobreza, a falta de assistência e a preservação, até cobras sobrando dentro das casas nas comunidades. Por aí se observa o quão desigual é este mundo brasileiro”.